Invader é um artista francês que
nasceu em 1969 e espalhou sua arte inspirada no jogo Space Invader por
diversas cidades do mundo. O projeto começou em Paris em 1998 e já invadiu Londres, Berlim, Roma, Barcelona, Manchester, Los Angeles, Nova York,
Toronto, Tóquio... e São Paulo.
Lançado em 1978, Space Invader foi um dos primeiros jogos de tiro com gráfico bidimensional e foi um sucesso graças a sua jogabilidade que consistia em não determinar um tempo para terminar uma partida, mas sim transformá-lo em “vidas” que tornavam a durabilidade do jogo definida pela perícia do jogador.
O objetivo do jogo é simples: destruir naves alienígenas com um canhão a laser e foi inspirado na onda popular de filmes da época como Star Wars.
"Antes, preservava minha
identidade porque o que eu fazia era proibido. Perdi a conta de quantas vezes
fui preso", lembra."Quando minha obra foi reconhecida como arte,
mantive o anonimato. Isso acabou se tornando parte do projeto. Até porque sou
um cara meio antissocial mesmo; se não fosse, não teria criado tantos invasores
por aí", explica ele, que não se deixa fotografar ou filmar sem que esteja
mascarado.
Invader e Os Gemeos, em São Paulo 2011. |
Em 2011, Invader participou da
exposição “De dentro e de fora”, do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e
paralelamente realizou 52 intervenções orquestradas durante seus 20 dias na
cidade, com direito a mapa que mostra a localização de cada uma.
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Antes de deixar o Brasil, o Invader
deu uma entrevista no Masp na qual expressou sua felicidade de fazer sua arte
em São Paulo. Isso porque a cidade representa sua primeira invasão da América
do Sul, até então o único continente em que não havia atuado artisticamente.
Quando indagado acerca do fato de sua arte ser proposta através de personagens
de videogame, sua resposta mostrou uma ludicidade compatível com o conceito de
sua obra: “Quero surpreender as pessoas e criar alternativas às placas de
trânsito e à publicidade. É como um videogame urbano. É um jogo com a
população”.
Invader em São Paulo, 2011. |
Invader em São Paulo, 2011. |
Invader em São Paulo, 2011. |
Invader em São Paulo, 2011. |
Em São Paulo, ele descobriu uma nova matéria-prima: cerâmicas vintage de cemitérios de azulejos."Fiquei fascinado e resolvi trabalhar com azulejos estampados pela primeira vez", diz. "É algo brasileiro, que já esteve na casa de alguém e pode ser reutilizado agora para fazer arte."
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